sábado, 20 de agosto de 2011

ERA UMA VEZ...



  Há muitos e muitos anos atrás um jovem imigrante de apenas 13 anos vivia em São Paulo.

Morava na Rua Florêncio de Abreu, região central da cidade e tinha uma pequena loja. De vez em quando, viajava para o sul de Minas Gerais mascateando.

Depois de algum tempo ele resolveu montar uma loja na cidade de Guaxupé em Minas Gerais. Tudo corria bem, mas ele não estava muito satisfeito e dado ao seu gênio ou, quem sabe, ao seu destino, ficava sempre pensando em alguma outra cidade em que poderia se situar melhor.

Naquela época não havia televisão nem rádio pois, a rádio no Brasil começou em 1920 e a TV em 1950, portanto, a comunicação era quase que totalmente verbal.  Para se ter uma idéia, um pouco antes, em 1889, data de proclamação da República, o Nordeste só ficou sabendo que tinham destronado D.Pedro II após seis meses. Hoje, se um ônibus bate na China ficamos sabendo instantaneamente, pois alguém fotografa com um celular e coloca na Internet.

Mas, voltando ao imigrante, vez ou outra ele ouvia falar de uma cidade a mais ou menos 50 léguas de distância (légua era uma medida muito utilizada na época e corresponde a 4 quilômetros). Essa cidade localizada em um vale e com um comércio muito forte, era chamada de “Buraco do Ouro” pelos viajantes.

Um belo dia esse imigrante resolveu andar as 50 léguas para conhecer o “Buraco do Ouro”. Tão logo chegou, ficou encantando com o lugar e decidiu transferir suas atividades de Guaxupé para a cidade do vale.

Para se ter uma idéia, após hospedar-se num dos hotéis da cidade – havia vários – saiu à noite para jantar. Foi em três restaurantes, todos estavam lotados, o quarto restaurante foi o que mais o agradou e, apesar de também estar lotado, permaneceu na sala de entrada aguardando vagar uma mesa.

Nesse momento, um senhor que jantava sozinho, vendo aquele jovem esperando, mandou que o garçom o convidasse para jantar em sua mesa. Ele aceitou e fez aí o seu primeiro amigo.  Ele e a família moraram em São Simão por cerca de 60 anos.

A cidade em questão era uma das maiores produtoras de café da região e, talvez do mundo havendo, inclusive, estrada de ferro que passava nas fazendas para pegar as sacas de café colhidas. A Estação Ferroviária localizava-se onde atualmente funciona a Santa Casa de Misericórdia. 

Extremamente progressista e com muita atividade, toda a região se servia do comércio e dos serviços dessa cidade.
Diz-se que no século XIX, D.Pedro II e sua esposa Dona Tereza Cristina Maria de Bourbon, desembarcaram  na Estação Ferroviária e caminharam por onde hoje é a Rua Expedicionários para conhecer um pouco da cidade. ( Fonte: Wikipedia).        

Dizia-se na época que no município viviam aproximadamente 30.000 pessoas ( não se pode afirmar com certeza ), todavia era uma cidade importante e forte para a época. Isso era no início do século XX.

Era uma vez... era São Simão.
                                        ( Samir Geraigire )


Nenhum comentário:

Postar um comentário